Protetores

SANTOS PROTETORES

Em nossas Constituições lemos no artigo 5: “Esta Sociedade tem por Patrono o glorioso São José, que se dedicou com a Virgem Maria a Jesus, em Nazaré. O joseleito deve, com ele, aprender as virtudes da humildade, da simplicidade e do amor ao trabalho. Como ainda, cultivar a adoração a Jesus, contemplando o seu Sagrado Coração, a devoção filial a Nossa Senhora das Graças e a intercessão e exemplo dos demais padroeiros: São João Bosco, Santa Teresinha, Santos Anjos da Guarda, São Judas Tadeu, São João Batista de La Salle, São Vicente de Paulo e Santo Antônio”. 

Desejando aprofundar a origem da devoção aos nossos santos padroeiros, em 1996, o nosso Confrade, Pe. Reinaldo Cruz de Santana, solicitou a colaboração da Irmã Theosete Gomes de Oliveira, Cofundadora da Congregação do Divino Mestre, que enviou a seguinte apreciação a partir das explicações recebidas do nosso Fundador; das suas memórias e, além disso, por ter acompanhado os primeiros passos das Fundações:

Coração de Jesus adorável, vida encanto das almas fiéis. Teu olhar compassivo e amável, é remédio pras chagas cruéis.”

Ponto de partida para toda e qualquer devoção, pois Dele emana toda a santidade e graça. Nosso Fundador pensou assim, colocando-o como primeiro protetor de nossas Congregações.

“Minha Mãe Querida, Mãe do belo amor: luz de minha vida aceita o meu louvor.”

Como ele mesmo conta em suas memórias, desde menino já despontava em seu coração, o amor a Nossa Senhora. Na vida salesiana invocava-a com o título de Nossa Senhora Auxiliadora. No início das Fundações optou pela devoção mais popular aqui no Brasil, colocando Nossa Senhora das Graças como nossa protetora. 

Também essa escolha foi de alguma maneira um gesto de gratidão a São Vicente de Paulo, na pessoa de suas filhas, as Irmãs ou filhas da Caridade, que em Baturité – CE, deram-lhe todo apoio nos momentos mais difíceis da fundação.

Oh! Dom Bosco, uma plantinha, quero ser do teu vergel, dá que seja a vida minha tua cópia bem fiel.”

 

Como Salesiano ou como Joseleito, jamais se arrefeceu em nosso Fundador a devoção ao grande Dom Bosco. São suas essas palavras: ‘meu amor a Maria Auxiliadora, passei-o para Nossa Senhora das Graças, mas o de Dom Bosco ficou intacto e nunca deixarei de ser um filho de Dom Bosco, a quem amo e tenho como inspirador e mestre’.

Graciosa Teresinha, da humildade jardineira, sentinela verdadeira dos caminhos do Senhor;”

 

Nos primórdios na sua caminhada religioso-sacerdotal, Santa Teresinha foi canonizada e nosso Fundador, tornou-se um grande admirador da santinha. Como reconhecimento pelas graças e favores que recebeu da Santa, fundou as ‘Teresinhas de Dom Bosco’, associação de moças piedosas que muito o ajudaram na difusão da revista ‘Segue-me’, por ele fundada em favor das vocações Salesianas e na consecução de bolsas para os seminaristas Salesianos. Deu à primeira Congregação fundada, o nome de Santa Teresinha.

 

Anjo santo, meu encanto, meu guardador leal.”

 

Segundo suas palavras e suas memórias, sempre teve uma devoção muito forte e terna ao Anjo da Guarda, invocando-o em todas as suas viagens e colocando-o na lista dos nossos protetores.

Meu São Tadeu, santo dos aflitos. Ouve meus gritos, vem do céu me socorrer.”

 

Estávamos com ele em Fortaleza, bem me lembro, ultimando os preparativos para a fundação. Visitamos ali o Santuário de São Judas Tadeu, em fase de construção. Vivendo e antevendo as dificuldades de uma fundação, ele rogou ao Santo das coisas difíceis e impossíveis que o ajudasse, principalmente no conseguir dos pais das vocacionadas a liberação para partirem (só uma era de maior idade), o que conseguiu. Colocou-o, então, como um dos nossos grandes protetores.

Meu São João Batista de La Salle, meu amável e santo protetor.”

Essa devoção surgiu para nós, no início da fundação das nossas casas de Educação. Diante de tantas dificuldades, burocráticas e econômicas, sobretudo, recorreu a São João Batista de La Salle, o Santo padroeiro das Escolas Normais, e sendo válido, colocou-o entre nossos protetores.

Ó meu santo, a minha lida é tanta, tua luz seja sempre o meu fanal.” 

Grande admirador do Santo que praticou a caridade em grau heroico, em agradecimento pelo apoio que dele recebeu nas dificuldades da fundação, fê-lo também, nosso protetor.

Favo de eloquência, santo do conselho. Pai da indigência, turba do Evangelho. De Jesus menino, amigo ditoso. Escuta meu hino, santo glorioso. 

Segundo em suas ‘Memórias’, foi um Santo do seu coração desde a infância. Como padroeiro de sua terra natal, Itabaiana – SE, tinha-lhe uma devoção especial. Como menino, pensou até em ser Franciscano, mas Deus o queria entre os Salesianos. Santo Antônio era o seu protetor particular, a quem dedicava um carinho especial. Assim, Santo Antônio encerra, com muita simpatia, o elenco dos nossos santos protetores. 

E assim, Pe. Reinaldo, consultando minha memória, eis as explicações que ouvi do nosso Santo Fundador, a respeito dos nossos Santos protetores”. 

Fonte: Ir. Theosete Gomes de Oliveira, cdm