DIA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS – ESPIRITUALIDADE MARIANA NA FAMÍLIA GUMERCINDIANA

DIA DE NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS – ESPIRITUALIDADE MARIANA NA FAMÍLIA GUMERCINDIANA

Para a Família Gumercindiana o amor à Maria, chegou através da Espiritualidade do Servo de Deus, Pe. José Gumercindo, o qual explica como veio essa devoção: “Desde menino, já despontava em meu coração o amor a Nossa Senhora”. “Sua devoção a Maria era sentida por todos: a Virgem Mãe Auxiliadora, que aprendeu a amar na Congregação Salesiana e Nossa Senhora das Graças, Patrona das Congregações que ele fundara, constituiram objeto maior de sua pregação. À Mãe de Deus, compôs muitas músicas de impecável beleza”, Assim expressou Ir. Lucila Gomes de Oliveira.

O Pe. Gumercindo deixou para nós um verdadeiro patrimônio de sua devoção à Virgem Maria, em forma de hinos, pelo menos 10, cada um mais bonito e piedoso que o outro. Em todas as dificuldades confiava à Providência Divina e a Nossa Senhora.

Em sua obra “Para Boi Dormir” contém 11 falas a respeito de Maria, reconhecendo a importância de a Hora do Anjo, também em um sonho, intitulado “A Vida Eterna”, ele fala da presença de Maria. Para o Servo de Deus, Pe. Gumercindo, “o Terço de Nossa Senhora é arma infalível contra todos os demônios”. (P.120 & 1º) Em um dos trechos sobre Maria, assim registra: Quando, nas seis horas da minha existência, do leito de minhas dores, eu tive a dita de ainda ouvir a tua solene voz, dá, ó nobre sino, que as tuas notas diluidas em cores, banhadas em harmonias, aclarem em minha pobre fantasia, aquela figura Santíssima da Virgem Maria Mãe de Deus, que aprendi a saudar, quando ainda criança, nos braços de minha mãe… e a minha última ideia, a palavra derradeira, que formular este meu pobre ser, entre as dores da agonia, seja este nome bendito! Ave Maria! (Para Boi Dormir, p. 66-67) Recife, 1944.

Nossa Senhora é o alento e o encanto da vida brasileira. (p.42)

Sobre a dor de Maria – Oh! Mãe de um Rei efêmero, liquidado em menos de uma semana entre um Hosana e um Crucifige, Mãe de um Deus esmagado, pelo abandono e pela suprema ignomínia da Cruz, tua dor ninguém a compreende, nem o céu, nem a terra, nem o mar, somente Aquele que te faz sofrer, Aquele somente, que dividiu contigo o cruor do Sacrifício! Ele só, Mãe das Dores poderá pezar o horror que te oprime! Mãe Dolorosa”. (p.29) (Jaboatão 1935).

Há uma bonita poesia intitulada “Escravo de Maria”, ela diz de sua devoção a Nossa Senhora:

“Na rude  lida da vida, de tudo que aprendi, só uma coisa eu sei, jamais dela me esqueci.

Nunca me chamei de servo… Desde o ano vinte e seis, desde o século derradeiro, ao fazer-me religioso. Pela primeira vez, com amor e ufania, com Grignon de Monfort, jurei pra toda vida: sou escravo de Maria!”

Sou testemunha ocular para lhes dizer: diariamente o Pe. José rezava a oração do ângelus, a Santa Missa e o Rosário a Nossa Senhora, ensinando, quando via frieza de algum seminarista em relação ao Terço: “não se perde tempo em quem não tem devoção a Nossa Senhora”. A Ir. Lucila Gomes de Oliveira e a Ir. Theoseth, afirmavam: “Sua devoção a Maria era sentida por todos. A Virgem Auxiliadora, que aprendeu a amar na Congregação Salesiana e Nossa Senhora das Graças, nas suas três Congregações.

As Tertúlias eram uma forma que encontrara de incultir em nós o amor à Maria, através de apresentações, especialmente no mês de maio, 31 dias caracterizados desde as bonitas ornamentações de altar na Igreja e no Seminário a fim de entoar hinos, narrar poesias, história  e até peças teatrais, danças que fizessem desinibir os jovens vocacionados no seu amor filial à Mãe do Céu, o que naturalmente aprendiam ir a Jesus Salvador com muito maior facilidade. A Maria se vai, entendendo que de sua boca se escuta: “Fazei tudo o que Ele vos disser”. (Jo 2,5)

Texto: Padre Enésio Severino da Silva,sjc