114 ANOS DE NASCIMENTO

114 ANOS DE NASCIMENTO

No dia 15 de agosto celebramos os 114 anos do nascimento do nosso fundador, o Servo de Deus, Pe. José Gumercindo Santos. Acredito ser um momento propício para refletirmos sobre a sua importância na vida de nosso Instituto, pois como ele mesmo afirmou, “A história de uma Sociedade começa pela de seu Fundador”[1], e um momento oportuno para recordarmos a origem de nossa congregação e seu desenvolvimento histórico, além de uma oportunidade para agradecermos a Deus que por meio do Pe. Gumercindo ofereceu à Igreja tantos dons que a tornam bela em tantas regiões do Brasil (cf. LG, 12).

Na sua reflexão teológica, o Concílio Vaticano II, na Lumen Gentium (LG) e na Perfectae Caritatis (PC), afirma que a Vida Consagrada é dom do Espírito à Igreja e que os Fundadores de Institutos de Vida Consagrada agem sob a ação do Espírito (PC 1, b). Portanto, refletir sobre a vida do nosso fundador é repassar a nossa própria história, o que, segundo o Papa Francisco, é indispensável para manter viva a identidade e também robustecer a unidade da família e o sentido de pertença dos seus membros. Não se trata de fazer arqueologia nem cultivar inúteis nostalgias, mas de captar a centelha inspiradora, os ideais, os projetos, os valores que moveram nosso Fundador[2].

“Para os Fundadores e as Fundadoras, a regra em absoluto foi o Evangelho; qualquer outra regra pretendia apenas ser expressão do Evangelho e instrumento para o viver em plenitude. O seu ideal era Cristo, aderir inteiramente a Ele podendo dizer como Paulo: ‘Para mim, viver é Cristo’ (Fl 1, 21); os votos tinham sentido apenas para implementar este seu amor apaixonado […]. Os Fundadores se puseram ao serviço da humanidade, à qual eram enviados pelo Espírito servindo-a dos mais diversos modos: com a intercessão, a pregação do Evangelho, a catequese, a instrução, o serviço aos pobres, aos doentes”[3]. Outra não pode ser a nossa regra maior.

Convido cada irmão a aprofundar o estudo sobre a vida do nosso Fundador, a divulgar o testemunho deixado por ele. Como Joseleitos, somos chamados a manter a fidelidade ao carisma original e ao sucessivo patrimônio espiritual do Instituto, precisamente, a fidelidade à inspiração do nosso Fundador como dom do Espírito Santo. Desse modo, se descobre melhor e se vive com maior fervor os elementos essenciais da vida consagrada[4].

Como a seu tempo, a mesma generosidade e abnegação que impeliu nosso Fundador devem levar a nós, seus filhos espirituais, a manter vivo o seu carisma, que continua com a mesma força do Espírito Santo que o suscitou[5].

A Co-fundadora da Congregação Divino Mestre, Irmã Theosete Gomes de Oliveira, em seu livro “Do deserto à terra prometida”, assinalou aquele que deve ser o compromisso de todos nós joseleitos e demais membros da Família Gumercindiana. Referindo-se ao nosso Pai Fundador, ela escreveu: “seu testemunho de homem santo e sacerdote todo voltado para Deus e para o serviço, sobretudo dos mais pobres e necessitados, deveria ser conhecido e difundido, a meu ver, para exemplo e seguimento das gerações futuras”[6].

Nosso Fundador soube responder com genuína criatividade carismática aos desafios e dificuldades de seu próprio tempo[7]. Como filhos do Servo de Deus, Padre Gumercindo, não deixemos que nos roubem a beleza herdada do nosso Fundador! Seja ela a raiz viva e fecunda que nos ajuda a continuar fazendo bela e profética a história da salvação.

Pe. Júlio Cesar de Mello Almo, sjc (Diretor Geral)

Veja também este vídeo em homenagem ao nosso Fundador.

 


[1] SANTOS, J. G., Quarenta anos no deserto, SAGRA, Feira de Santana, 1991, p. 79.

[2] Cfr. FRANCISCO PP., Carta Apostólica “Às pessoas Consagradas” para proclamação do ano da Vida Consagrada, 21/11/2014, I, 1.

[3] FRANCISCO PP., Carta Apostólica “Às pessoas Consagradas” para proclamação do ano da Vida Consagrada, 21/11/2014, I,2.

[4] Cf. JOÃO PAULO II. Exortação Apostólica Vita Consecrata, n. 36, 25 mar. 1996.

[5] Cfr. JOÃO PAULO II, Carta Apostólica Os caminhos do Evangelho, aos Religiosos e às Religiosas da América Latina, por ocasião do V centenário da Evangelização do Novo Mundo (29 de Junho de 1990), 26: L’Osservatore Romano (ed. portuguesa de 29/VII /1990), 360.

[6] OLIVEIRA, T. G., Do deserto à terra prometida, Radami Editora Gráfica, 2000, p. 21.

[7] Cf. CONGREGAÇÃO PARA OS INSTITUTOS DE VIDA CONSAGRADA E AS SOCIEDADES DE VIDA APOSTÓLICA, Partir de Cristo: um renovado compromisso da vida consagrada no terceiro milênio, 2002, 13g.

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