“Alegria do Evangelho enche o coração e a vida inteira daqueles que se encontram com Jesus. Com Ele sempre nasce e renasce a alegria”. (Papa Francisco)
Introdução
O tema da evangelização é um tema muito complexo para os nossos dias. Evangelizar este mundo com as consequências e realidades que se encontram, muitas vezes se perde o ânimo, o desejo e a vontade de evangelizar. Por isto, a exortação apostólica “Evangelii gaudium” do Papa Francisco, escrita no encerramento do Ano da Fé, isto é, no dia 24 de novembro de 2013 no seu primeiro de Pontificado, vai nos encorajar a não perder a alegria de evangelizar, tento como exemplo o Nosso Senhor Jesus Cristo e a Virgem Maria sua mãe.
A exortação tem como destinatários todo o episcopado, o clero, às pessoas consagradas e os fiéis leigos. Com o objetivo chave do anúncio do evangelho no mundo atual. Com esta, o Papa convida os fiéis a uma nova etapa de evangelização marcada da alegria que enche o coração de quem encontra Jesus, e indica novos meios para o caminho da Igreja para os próximos anos. Em uma palavra, a exortação quer propor alguns meios que possam encorajar e orientar toda a Igreja a uma nova etapa de evangelização que deve ser cheia de fervor e de dinamismo.[1] O Papa busca se exprimir com uma linguagem símples, evocativa, e muitas vezes usa até uma linguagem “forte”.
Conversão missionária
O Papa convida toda a Igreja principalmente a uma “conversão missionária”. Por que se fala de uma conversão missionária? No numero 6 ele diz:
“Há cristãos que parecem ter escolhido viver uma Quaresma sem Páscoa. Reconheço, porém, que a alegria não se vive da mesma maneira em todas as etapas e circunstâncias da vida, por vezes muito duras. Adapta-se e transforma-se, mas sempre permanece pelo menos como um feixe de luz que nasce da certeza pessoal de, não obstante o contrário, sermos infinitamente amados”.
A fé nasce do encontro com uma pessoa, isto é, um encontro com Jesus, este que da um novo sentido e uma nova direção à vida. Assim, podemos citar a encíclica Lumen Fidei: “Na fé, dom de Deus e virtude sobrenatural por Ele infundida, reconhecemos que um grande Amor nos foi oferecido, que uma Palavra estupenda nos foi dirigida: acolhendo esta Palavra que é Jesus Cristo — Palavra encarnada –, o Espírito Santo transforma-nos, ilumina o caminho do futuro e faz crescer em nós as asas da esperança para o percorrermos com alegria”.[1]
Nesta conversão missionária o Para Francisco nos mostra duas coisas importantes:
1) O bem e a alegria se enriquecem e se desenvolvem somente quando são comunicados, transmitidos. Quando são isolados, se enfraquecem, mas se enriquecem quando são doados. Doar-se aos outros, comunicar, transmitir a alegria do encontro com Jesus é o coração da missão da igreja.
“A proposta é viver a um nível superior, mas não com menor intensidade: «Na doação, a vida se fortalece; e se enfraquece no comodismo e no isolamento. De fato, os que mais desfrutam da vida são os que deixam a segurança da margem e se apaixonam pela missão de comunicar a vida aos demais». Quando a Igreja faz apelo ao compromisso evangelizador, não faz mais do que indicar aos cristãos o verdadeiro dinamismo da realização pessoal: «Aqui descobrimos outra profunda lei da realidade: “A vida se alcança e amadurece à medida que é entregue para dar vida aos outros”. Isto é, definitivamente, a missão». Consequentemente, um evangelizador não deveria ter constantemente uma cara de funeral. Recuperemos e aumentemos o fervor de espírito, «a suave e reconfortante alegria de evangelizar, mesmo quando for preciso semear com lágrimas! (…) E que o mundo do nosso tempo, que procura ora na angústia ora com esperança, possa receber a Boa Nova dos lábios, não de evangelizadores tristes e descoroçoados, impacientes ou ansiosos, mas sim de ministros do Evangelho cuja vida irradie fervor, pois foram quem recebeu primeiro em si a alegria de Cristo».[2]
2) Embora esta missão nos exija uma entrega generosa, seria um erro considerá-la como uma heróica tarefa pessoal, dado que ela é acima de tudo obra de Deus. Jesus é «o primeiro e o maior evangelizador». Em qualquer forma de evangelização, o primado é sempre de Deus, que quis chamar-nos para cooperar com Ele e impelir-nos com a força do seu Espírito. A verdadeira novidade é aquela que o próprio Deus misteriosamente quer produzir, aquela que Ele inspira, aquela que Ele provoca, aquela que Ele orienta e acompanha de mil e uma maneiras. Em toda a vida da Igreja, deve-se sempre manifestar que a iniciativa pertence a Deus, «porque Ele nos amou primeiro» (1 Jo 4, 19) e é «só Deus que faz crescer» (1 Cor 3, 7). Esta convicção permite-nos manter a alegria no meio duma tarefa tão exigente e desafiadora que ocupa inteiramente a nossa vida. Pede-nos tudo, mas ao mesmo tempo dá-nos tudo.[3]
A transformação missionária da Igreja (cap.1)
Papa Francisco buscará especificar como deve ser a igreja do nosso tempo, isto é, uma igreja em “Saída” sob o exemplo do nosso Senhor Jesus Cristo que tem sempre a iniciativa de se aproximar das pessoas. Uma igreja que tenha presente sempre estes verbos: uma igreja que saiba se “envolver” como Jesus se envolveu lavando os pés dos discípulos e os convida a imitá-lo; “descer” fino a humilhação, a realidade das pessoas e as suas necessidades; “acompanhar” tendo sempre conto dos limites de cada um; “saber frutificar”, pois o Senhor quer a Sua Igreja fecunda, por isso ela deve ser atenta aos frutos.
Naquele «ide» de Jesus, estão presentes os cenários e os desafios sempre novos da missão evangelizadora da Igreja, e hoje todos somos chamados a esta nova «saída» missionária. Cada cristão e cada comunidade há-de discernir qual é o caminho que o Senhor lhe pede, mas todos somos convidados a aceitar esta chamada: sair da própria comodidade e ter a coragem de alcançar todas as periferias que precisam da luz do Evangelho.[1]
A crise do compromisso comunitário (cap. 2)
O Papa vai exortar a Igreja a ser vigilante e ter a capacidade de ler os sinais dos tempos. Oque significa? Significa ler as luzes e as sombras das realidades que nos rodeiam, isto é, olhar pastoralmente os aspectos da realidade no mundo em que vivemos.
“São louváveis os sucessos que contribuem para o bem-estar das pessoas, por exemplo, no âmbito da saúde, da educação e da comunicação. Todavia não podemos esquecer que a maior parte dos homens e mulheres do nosso tempo vive o seu dia a dia precariamente, com funestas consequências. Aumentam algumas doenças. O medo e o desespero apoderam-se do coração de inúmeras pessoas, mesmo nos chamados países ricos. A alegria de viver frequentemente se desvanece; crescem a falta de respeito e a violência, a desigualdade social torna-se cada vez mais patente. É preciso lutar para viver, e muitas vezes viver com pouca dignidade”.[1]
De frente a estas realidades que se encontra este tempo hodierno que pode e compromete o anúncio do Evangelho, o Papa vai apresentar alguns “nãos” que o evangelizador deve dizer: Não a uma economia da exclusão; Não à nova idolatria do dinheiro; Não a um dinheiro que governa em vez de servir; Não à desigualdade social que gera violência; Não à acédia egoísta; Não ao pessimismo estéril; Não ao mundanismo espiritual; Não à guerra entre nós.
O anúncio do evangelho (cap. 3)
Neste capitulo o Papa Francisco explica como pode-se desenvolver a evangelização e algumas etapas que exprimem o seu progresso. Isto é:
- Evidência o “primado” da graça que opera incansavelmente na vida de todo evangelizador;
“Por pura graça, Deus atrai-nos para nos unir a Si. Envia o seu Espírito aos nossos corações, para nos fazer seus filhos, para nos transformar e tornar capazes de responder com a nossa vida ao seu amor. A Igreja é enviada por Jesus Cristo como sacramento da salvação oferecida por Deus. Através da sua acção evangelizadora, ela colabora como instrumento da graça divina, que opera incessantemente para além de toda e qualquer possível supervisão”.[2]
- Desenvolve o tema das varias culturas no processo da enculturação do Evangelho e previne de cair na “vaidosa sacralização da própria cultura”;
“É verdade que algumas culturas estiveram intimamente ligadas à pregação do Evangelho e ao desenvolvimento do pensamento cristão, mas a mensagem revelada não se identifica com nenhuma delas e possui um conteúdo transcultural. Por isso, na evangelização de novas culturas ou de culturas que não acolheram a pregação cristã, não é indispensável impor uma determinada forma cultural, por mais bela e antiga que seja, juntamente com a proposta do Evangelho. A mensagem, que anunciamos, sempre apresenta alguma roupagem cultural, mas às vezes, na Igreja, caímos na vaidosa sacralização da própria cultura, o que pode mostrar mais fanatismo do que autêntico ardor evangelizador. [3]
- Indica o caminho fundamental da nova evangelização no:
- a) encontro interpessoal
“Hoje que a Igreja deseja viver uma profunda renovação missionária, há uma forma de pregação que nos compete a todos como tarefa diária: é cada um levar o Evangelho às pessoas com quem se encontra, tanto aos mais íntimos como aos desconhecidos. É a pregação informal que se pode realizar durante uma conversa, e é também a que realiza um missionário quando visita um lar. Ser discípulo significa ter a disposição permanente de levar aos outros o amor de Jesus; e isto sucede espontaneamente em qualquer lugar: na rua, na praça, no trabalho, num caminho”.[4]
- b) testemunho de vida
“Seja como for, todos somos chamados a dar aos outros o testemunho explícito do amor salvífico do Senhor, que, sem olhar às nossas imperfeições, nos oferece a sua proximidade, a sua Palavra, a sua força, e dá sentido à nossa vida. O teu coração sabe que a vida não é a mesma coisa sem Ele; pois bem, aquilo que descobriste, o que te ajuda a viver e te dá esperança, isso é o que deves comunicar aos outros. A nossa imperfeição não deve ser desculpa; pelo contrário, a missão é um estímulo constante para não nos acomodarmos na mediocridade, mas continuarmos a crescer. O testemunho de fé, que todo o cristão é chamado a oferecer, implica dizer como São Paulo: «Não que já o tenha alcançado ou já seja perfeito; mas corro para ver se o alcanço, (…) lançando-me para o que vem à frente» (Fl 3, 12-13).[5]
- Insiste na valorização da piedade popular, porque essa exprime a fede genuina de tantas pessoas que neste mundo dão testemunho do encontro simples com o amor de Deus.
- Convida os teólogos para que estudem as mediações necessárias para encontrar novas formas para a evangelização.
- Se concentra no tema da hómilia que é uma forma sublime da evangelização que pede uma autentica paixão e amor pela palavra de Deus e pelo o povo.
A dimensão social da evangelização (cap.4)
A dimensão social é um tema muito caro a Papa Francisco, porque se este tema não é bem esclarecido, tem-se o risco de desfigurar o significado autentico e integral da missão da evangelização.
“Evangelizar é tornar o Reino de Deus presente no mundo. «Nenhuma definição parcial e fragmentada, porém, chegará a dar razão da realidade rica, complexa e dinâmica que é a evangelização, a não ser com o risco de a empobrecer e até mesmo de a mutilar»”.[1]
Este tema abrange duas realidades que devem estar sempre juntas, isto é, o anúncio do evangelho e a promoção da vida humana em todas as suas expressões. Pois, uma fé autentica emplica sempre em um profundo desejo de mudar o mundo. Este o intuito da evangelização! Evangelizar para mudar o mundo.
“Uma fé autêntica – que nunca é comoda nem individualista – comporta sempre um profundo desejo de mudar o mundo, transmitir valores, deixar a terra um pouco melhor depois da nossa passagem por ela. Amamos este magnífico planeta, onde Deus nos colocou, e amamos a humanidade que o habita, com todos os seus dramas e cansaços, com os seus anseios e esperanças, com os seus valores e fragilidades. A terra é a nossa casa comum, e todos somos irmãos. Embora «a justa ordem da sociedade e do Estado seja dever central da política», a Igreja «não pode nem deve ficar à margem na luta pela justiça». Todos os cristãos, incluindo os Pastores, são chamados a preocupar-se com a construção dum mundo melhor”.[2]
Dois grandes temas que o Papa fala com particolar paixão evangelica neste capítulo:
- a) A inclusão social dos pobres
Deriva da nossa fé em Cristo, que Se fez pobre e sempre Se aproximou dos pobres e marginalizados, a preocupação pelo desenvolvimento integral dos mais abandonados da sociedade.[3]
- b) A paz e o diálogo social
Evangelizadores com espírito (cap. 5)
Quando se fala de uma realidade que tem «espírito», indica-se habitualmente uma moção interior que impele, motiva, encoraja e dá sentido à ação pessoal e comunitária. Uma evangelização com espírito é muito diferente de um conjunto de tarefas vividas como uma obrigação pesada, que quase não se tolera ou se suporta como algo que contradiz as nossas próprias inclinações e desejos. No coração do evangelizador deve arder o fogo do Espírito Santo. Isto é, uma evangelização com espírito é uma evangelização com o Espírito Santo, já que Ele é a alma da Igreja evangelizadora.[1]
Neste último capitulo o Papa nos ensina duas coisais importante para uma boa evangelização. Explicando, assim, o porque e o como evangelizar, dando algumas motivações que devem nos encorajar a sermos verdadeiros evangelizadores.
Porque evangelizar? Evangelizar por que somos uma missão na terra.
A missão não é uma parte da minha vida, ou um ornamento que posso pôr de lado; não é um apêndice ou um momento entre tantos outros da minha vida. É algo que não posso arrancar do meu ser, se não me quero destruir. Eu sou uma missão nesta terra, e para isso estou neste mundo. É preciso considerarmo-nos como que marcados a fogo por esta missão de iluminar, abençoar, vivificar, levantar, curar, libertar.[2]
E assim, seguem algumas motivações para a evangelização:
1) O amor de Jesus que nós recebemos.
A lógica do amor pede: encontro, relação e colóquio. Não se pode amar sem conhecer. Não se pode amar uma pessoa que não tenha uma relação, que não se fala.
“Com efeito, um amor que não sentisse a necessidade de falar da pessoa amada, de a apresentar, de a tornar conhecida, que amor seria? Se não sentimos o desejo intenso de comunicar Jesus, precisamos de nos colocar em oração para Lhe pedir que volte a cativar-nos”.[3]
2) Não é a mesma coisa ter conhecido Jesus e não o ter conhecido.
Não se pode perseverar numa evangelização cheia de ardor, se não se está convencido, por experiência própria, que não é a mesma coisa ter conhecido Jesus ou não O conhecer, não é a mesma coisa caminhar com Ele ou caminhar babetando, não é a mesma coisa poder escutá-Lo ou ignorar a sua Palavra, não é a mesma coisa poder contemplá-Lo, adorá-Lo, descansar n’Ele ou não o poder fazer. Não é a mesma coisa procurar construir o mundo com o seu Evangelho em vez de o fazer unicamente com a própria razão. Sabemos bem que a vida com Jesus se torna muito mais plena e, com Ele, é mais fácil encontrar o sentido para cada coisa. É por isso que evangelizamos. O verdadeiro missionário, que não deixa jamais de ser discípulo, sabe que Jesus caminha com ele, fala com ele, respira com ele, trabalha com ele. Sente Jesus vivo com ele, no meio da tarefa missionária. Se uma pessoa não O descobre presente no coração mesmo da entrega missionária, depressa perde o entusiasmo e deixa de estar segura do que transmite, faltam-lhe força e paixão. E uma pessoa que não está convencida, entusiasmada, segura, enamorada, não convence ninguém.[4]
3) Condividir com todos a paixão por Jesus e pelo seu povo.
Para ser evangelizadores com espírito, proprio de evangelizador, é preciso desenvolver àquele prazer que Jesus tinha de estar próximo da vida das pessoas, de conhecê-las, de sentir as suas necessidade, e assim, ir descobrindo que isto se torna a fonte duma alegria superior. A missão é uma paixão por Jesus, e simultaneamente uma paixão pelo seu povo.[5]
O próprio Jesus é o modelo desta opção evangelizadora que nos introduz no coração do povo. Como nos faz bem vê-Lo perto de todos! Se falava com alguém, fitava os seus olhos com uma profunda solicitude cheia de amor: «Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele» (Mc 10, 21).
Quando vivemos a mística de nos aproximar dos outros com a intenção de procurar o seu bem, ampliamos o nosso interior para receber os mais belos dons do Senhor. Cada vez que nos encontramos com um ser humano no amor, ficamos capazes de descobrir algo de novo sobre Deus. Cada vez que os nossos olhos se abrem para reconhecer o outro, ilumina-se mais a nossa fé para reconhecer a Deus. Em consequência disto, se queremos crescer na vida espiritual, não podemos renunciar a ser missionários. A tarefa da evangelização enriquece a mente e o coração, abre-nos horizontes espirituais, torna-nos mais sensíveis para reconhecer a acção do Espírito, faz-nos sair dos nossos esquemas espirituais limitados. Ao mesmo tempo, um missionário plenamente devotado ao seu trabalho experimenta o prazer de ser um manancial que transborda e refresca os outros. Só pode ser missionário quem se sente bem, procurando o bem do próximo, desejando a felicidade dos outros. Esta abertura do coração é fonte de felicidade, porque «a felicidade está mais em dar do que em receber» (Act 20, 35).[6]
5) Na obra da evangelização é o ressuscitado e o seu espírito que age.
Se Cristo não ressuscitou, é vã a nossa pregação (1 Cor 15, 14). Na evangelização é o ressuscitado que age. É ele que conduz a vida do anunciador da sua palavra. O Evangelho diz que, quando os primeiros discípulos saíram a pregar, «o Senhor cooperava com eles, confirmando a Palavra» (Mc 16, 20). E o mesmo acontece hoje. Somos convidados a descobrí-lo, a vivê-lo. Cristo ressuscitado e glorioso é a fonte profunda da nossa esperança, e não nos faltará a sua ajuda para cumprir a missão que nos confia.[7]
Como evangelizar?
- a) Evangelizar com a certeza que Jesus nos ajuda a cumprir a missão que ele mesmo confiou.
- b) Evangelizar confiando no auxílio do Espirito Santo. Pois ele nunca nos deixará sozinhos. “Para manter vivo o ardor missionário, é necessária uma decidida confiança no Espírito Santo, porque Ele «vem em auxílio da nossa fraqueza»” (Rm 8, 26).[1]
- c) Evangelizar com a certeza que hoje não é diverso do passado, mas é simplesmente diferente.
Conclusão
Evangelizar é acima de tudo, testemunhar o amor de Deus a todos. É ter a consciência que a missão não é nossa, mas faz parte da nossa essência, como batizados na Santíssima Trindade. Pois, todos temos uma missão neste mundo! E, é o próprio Jesus que nos chama, nos fala, nos encoraja a descobrir que dentro de nós, tem um coração que é capar de amar, e assim, é também capaz de testemunhar aos outros. O amor tem que ser testemunhado, e para isto, requer de nós uma abertura, uma aceitação.
Para concluir, não se pode esquecer de falar de Maria, isto é, de evangelizar olhando para Maria mãe de Deus, porque sempre que olhamos para Maria, voltamos a acreditar na força revolucionária da ternura e do afeto. N’Ela, vemos que a humildade e a ternura não são virtudes dos fracos, mas dos fortes, que não precisam de maltratar os outros para se sentir importantes. Fixando-A, descobrimos que aquela que louvava a Deus porque «derrubou os poderosos de seus tronos» e «aos ricos despediu de mãos vazias» (Lc 1, 52.53) é mesma que assegura o aconchego dum lar à nossa busca de justiça. E é a mesma também que conserva cuidadosamente «todas estas coisas ponderando-as no seu coração» (Lc 2, 19). Maria sabe reconhecer os vestígios do Espírito de Deus tanto nos grandes acontecimentos como naqueles que parecem imperceptíveis. É contemplativa do mistério de Deus no mundo, na história e na vida diária de cada um e de todos.[2]
Ir. José Jefersson Rodrigues Cavalcante, sjc
BIBLIOGRAFIA
BIBBIA NUOVO TESTAMENTO. Greco e Italiano, a cura di Agostino Merk e Giuseppe Barbaglio, Edizioni Dehoniane Bologna, Bologna 2010.
FRANCESCO, Lumen fidei, Lettera enciclica sulla fede, Paoline, Milano 2013.
FRANCESCO, Evangelii gaudium, Esortazione apostolica sull’annuncio del mondo attuale, Paoline, Milano 2012.
[1] n. 280
[2] Cfr., n 288
[1] Cfr., n. 261
[2] n.273
[3] n. 264
[4] n. 266
[5] Cfr., n. 268
[6] n. 272
[7] Cfr., n. 275
[1] n. 176
[2] n. 183
[3] n. 186
[1] n. 52
[2] n. 112
[3] n. 17
[4] n. 127
[5] n.121
[1] n. 20
[1] FRANCESCO, Lumen fidei, Lettera enciclica sulla fede, Paoline, Milano 2013, n. 7.
[2] Evangelli gaudium, n. 6
[3] Ibd., n. 12
[1] Ibd., Evangelli gaudium, n. 1